Fonte: Wall Street Journal.
O quadro acima reúne dados de várias entrevistas conduzidas em 2013 pelo grupo CareerBuilder, nas quais foram perguntados a empregadores onde procuram informações on-line sobre os candidatos, o que gostam e o que não gostam de ver.
Abaixo, traduzo os resultados da pesquisa:
Quais os sites que as empresas usam para avaliar perfis de candidatos:
Facebook: 65%;
LinkedIn: 63%;
Twitter: 16%.
O que empresas empregadoras buscam descobrir:
Se o candidato se apresenta de maneira profissional: 65%;
Se o candidato se encaixa na cultura da organização: 51%;
Para descobrir as qualificações do candidato: 45%;
Para ver se o candidato é "bem ajustado": 35%;
Para procurar por razões para não contratar o candidato: 12%.
O que ajuda os candidatos:
O candidato apresentou uma imagem profissional: 57%;
O empregador teve uma boa impressão da imagem do candidato: 50%;
O Candidato demonstrou uma ampla gama de interesses: 50%;
O perfil do candidato confirmou suas qualificações profissionais: 49%;
Evidências de criatividade: 46%;
Grandes habilidades de comunicação: 43%;
Grandes referências: 38%.
O que prejudica os candidatos(!):
Candidato postou informação / fotos sensuais / impróprias: 50%
Evidências do candidato bebendo ou usando drogas: 48%;
Falar mal dos empregadores antigos: 33%;
Habilidades de comunicação deficientes: 30%;
Conteúdo discriminatório relacionado a raça, gênero, religião, etc.: 28%;
O candidato mentiu sobre suas qualificações: 24%.
Sobre a pesquisa:
O que mais me chamou a atenção é que o conteúdo das fotos e comentários é mais importante para os recrutadores do que se os candidatos mentiram sobre suas qualificações profissionais.
O que mais prejudica os candidatos, disparado, são os itens fotos impróprias/sensuais - 50% (essa é para a turma que posta selfies dos implantes ou na cama com sua cara-metade) e de uso de álcool/drogas - 48% (boa dica para quem posta fotos de trocentas latinhas recém-esvaziadas e de garrafas na mão dizendo: "eu mereço!" ou "sexta-feira!").
A pesquisa só vem a comprovar que os perfis nas mídias sociais, embora sejam vendidos para nós, usuários, como grandes álbuns de família abertos, são instrumentos públicos, nos quais devemos administrar a imagem que projetamos. Pelo que comprova o levantamento, pelo menos para os empregadores americanos, o que conta é projetar uma imagem profissional e de pessoa bem-equilibrada, de interesses variados e tolerante à diversidade.
A reportagem que traz o quadro tece argumentos sobre a ética e a propriedade de conduzir tais pesquisas nos perfis de candidatos, mas a realidade é que as pesquisas são feitas e precisamos todos ficar atentos a nossos perfis nas mídias sociais e à imagem que projetamos, afinal, não podemos regular quem nos visita os perfis, tampouco as impressões que levam do que mostramos.